Nos últimos tempos o futebol moçambicano tem sido marcado pela tendência cada vez mais crescente de importar jogadores, treinadores e, nalguns casos, pessoal de apoio.
Desde a viragem do século a esta parte, os clubes nacionais, sobretudo os chamados grandes, sempre que sentem algumas carências nos seus plantéis recorrem à mão-de-obra estrangeira, mas nem sempre há cuidado de se seguir à risca os procedimentos burocráticos para a contratação de estrangeiros. Muitos debatem-se com problemas no visto de trabalho, de residência, entre outros. Há casos também em que certos jogadores entram como refugiados ou pedintes de asilo e usam as prerrogativas que esta condição lhes confere para desenvolver actividades lucrativas como se de moçambicanos se tratassem, incluindo a prática de futebol federado, atropelando a lei.
Na estreita da recente detenção e posterior repatriamento do treinador de atletismo Alberto Lário, de nacionalidade portuguesa, que vinham trabalhando irregularmente em Moçambique há cerca de três anos, a imprensa moçambicana procurou saber das autoridades migratórias se o caso do cidadão luso era isolado no desporto nacional, com a resposta a ser peremptória:”não”.