Foi à cesariana o parto do modelo alternativo do Moçambola-2019, depois que os clubes e a própria Direcção da Liga Moçambicana de Futebol (LMF) convenceram-se e conformaram-se de que não existe mesmo dinheiro para continuar a realizar o campeonato no sistema clássico de todos contra todos em duas voltas, num total de 30 jornadas. A 24ª Assembleia-Geral da LMF até começou num ambiente de total fraternidade, com os delegados a aprovarem por unanimidade os relatórios de actividades e contas de 2018, sem sequer questionar o executivo de Ananias Couana. Tudo estava limpinho, limpinho, e na paz até à apresentação do último ponto de agenda, que era de resto o mais aguardado não só daquela quinta-feira mas dos últimos meses, nomeadamente a apresentação e aprovação do modelo competitivo do Moçambola-2019.
QUINTO MOdELO NÃO PASSOU!
Tal como desafio anunciara em edições anteriores, a Direcção da LMF defendeu em sede da Assembleia-Geral que não estavam reunidas as condições financeiras para a realização dum campeonato de todos contra todos em duas voltas, cujo custo está estimado em 130 milhões de meticais. Por isso apresentou o modelo alternativo (o tal quinto modelo), que previa a divisão dos clubes em quatro grupos de quatro equipas cada, sendo as quatro da Zona Norte, outras quatro do Centro e os oito do Sul em dois grupos gémeos. As equipas jogariam uma fase preliminar de quatro voltas para o apuramento dos dois primeiros de cada grupo, totalizando oito para a fase final, que se disputaria em duas voltas de todos contra todos, enquanto os outros oito pior classificados da fase regional disputariam a manutenção também em duas voltas. Aí a LMF garantia presença de todas regiões na fase nacional e também a redução para metade da quantidade das passagens aéreas no modelo primitivo (pode se ler todos contra todos).