Em 2013, numa entrevista concedida ao desafio, curiosamente ao mesmo autor destas linhas, Sílvio Letela afirmava ser o seu último ano da sua carreira. Mas a paixão pelo basquetebol fê- -lo repensar e continuou, trocando o Maxaquene pelo Costa do Sol. Foi lá onde, já em 2015, definitivamente pendurou as botas, como sói dizer-se! A sua vida na modalidade da “bola ao cesto” resume-se actualmente aos campeonatos recreativos, onde alinha pela forte equipa da Petromoc. Mas não é deste Sílvio que queremos retratar, embora seja praticamente impossível falar dele e com ele sem mencionar o basquetebol. Decidimos explorar, nesta conversa, o Sílvio advogado, juiz e empreendedor, especialmente amante do hip-hop, manifestação cultural que particularmente tem apoiado para o seu engrandecimento. Aliás, foi por aí que a sua empresa ganhou forma, com a criação da Letela Produções (constituída por mais dois irmãos: Aniceto e Edson). Antes mesmo que nos posicionássemos num dos seus empreendimentos, no chamado Pulmão da Malhangalane, fomos já iniciando a nossa conversa de forma bastante descontraída, não fossem as duas paixões que unem os interlocutores: o hip-hop e o basquetebol! Começámos mesmo por aí: Letela Produções, uma marca já estabelecida, inicialmente projectada para a produção de discos e agenciamento de artistas. Criada em 2015, segundo conta o patrono, a empresa não está apenas orientada à área cultural, de onde surgiu, mas tem forte presença na área desportiva. – “Além da nossa produtora responsável pelos discos também temos uma empresa responsável pelo material desportivo, tudo funciona na Letela Produções. Ou seja, dentro da Letela Produções temos a Letela Sports”, disse, para depois anunciar três grandes clubes a quem fornecem material desportivo. – “Fornecemos material desportivo para o Ferroviário de Maputo, Ferroviário da Beira e A Politécnica, sobretudo sapatilhas. Vendemos tudo que nos solicitam. E se eles têm recorrido aos nossos serviços durante estes anos é porque apostamos na qualidade, nunca houve queixas”. Letela revela que por causa da crise financeira as pessoas ou instituições não têm solicitado material com a mesma frequência, mas o Ferroviário da Beira continua fiel.
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