Há muito que se sabe que o nosso futebol, se não o desporto no geral, está em crise, não só de resultados, mas também de gestão ou de iniciativas tendentes a resolver os problemas financeiros.
Nos dois principais campeonatos do país (Moçambola e Divisão de Honra) os velhos problemas. No Moçambola, que decorre há cerca de dois meses, há muitos clubes que estão a remar contra a maré e por conta disso com problemas de disponibilidade financeira para assegurar a participação sem sobressaltos no campeonato. No Maxaquene fala-se de problemas de salários que parecem ter ficado minimizados com o empréstimo de Candinho à UD Songo. é no incomáti de Xinavane, clube que até está(va) a realizar um bom arranque, onde estes problemas foram mais graves, pois levaram à greve e posterior falta de comparência dos “açucareiros” na sexta jornada, não obstante o grande esforço da Direcção da liga Moçambicana de Futebol (lMF) para que tal não acontecesse para evitar manchar uma prova que só foi assegurada à última hora porque neste momento de crise está difícil ter-se dinheiro para o desporto. Enquanto procurávamos esquecer os problemas dos “açucareiros”, eis que agora é a vez de Têxtil do Púnguè – o clube mais popular de Sofala – apresentar os problemas há muito esperados. Basta lembrar que foi o último a iniciar com a preparação da época porque ainda estava à procura de meios para assegurar a sua participação.E pelos vistos esse problema não foi resolvido, daí a greve registada semana passada por alegada falta de salário de três meses. São situações que de alguma maneira até desviam a Direcção lMF do foco, que é assegurar o financiamento da prova. Também no Campeonato Nacional da Divisão de Honra os velhos problemas de desistência ou falta de comparência devido às dificuldades financeiras. Até à altura em que entrego esta opinião a Associação Desportiva de Pemba, o Pembinha, já levava duas faltas de comparência – faltava uma para ser desqualificado – em apenas cinco jornadas.