O Moçambola-2019 chegou ao fim da primeira jornada, mas a sua movimentação por parte de alguns clubes tem sido um caos. É que mais de 25% dos clubes que militam na prova enfrentam problemas para pagar os ordenados.

Recorde-se que o Incomáti de Xinavane por falta de cumprimento do pagamento de salários chegou a aderir a uma greve, faltando a um jogo que seria realizado em Nacala frente ao Desportivo local. Nessa altura a dívida era de três meses. Com a intervenção da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), mas principalmente do Sindicato de Jogadores, os açucareiros interromperam a referida paralisação e voltaram aos trabalhos. Chegou-se a pagar um mês de salários, mas voltaram a estar em falta e de novo estão com três meses em atraso, caminhando para o quarto.
A outra formação que atravessou momentos difíceis, nesse sentido, foi o Têxtil do Púnguè, que ameaçou enveredar por uma greve, mas novamente a intervenção do sindicato evitou que os jogadores paralisassem as actividades e faltassem a um jogo em Maputo. Nesse período os fabris da Manga chegaram a perder alguns jogadores, que optaram por regressar às suas zonas de origem. Sabe-se que de momento o Têxtil do Púnguè, cuja Direcção está dividida face aos valores produzidos pela bilheteira, está a dever três meses de salários aos seus jogadores e treinadores. Há promessa da parte do Município da Beira em ajudar o clube nesse sentido, mas o certo é que neste momento não se vislumbra nenhum horizonte.