Teodomiro Ângelo completa hoje, segunda-feira, sete dias depois que numa cerimónia concorrida foi oficialmente investido como novo presidente do Clube Ferroviário de Maputo para o próximo quadriénio (2019 -2023). Na sua primeira grande e exclusiva entrevista ao semanário desafio, o novo “maquinista”, de resto homem invulgar e que não se perde em palavras, abriu-nos o livro sobre os pontos fulcrais que vão orientar o seu primeiro mandato, centrando as atenções para o que já Miguel Matavel, Presidente de Conselho de Administração da empresa Portos e Caminho de Ferro de Moçambique, patrono e maior patrocinador do clube verde e branco, alertara, da necessidade de auto-suficiência da colectividade de modo a diminuir a dependência financeira desta com a empresa patrona.
Sem fazer muitas promessas, aduz que se deixe que as obras falem por si, assegurando que não há volta a dar e há estratégias claras – alguns passos nesse sentido já foram dados – na busca de parceiros o que deve ser consubstanciado igualmente pela rentabilização dos próprios espaços que o clube detém.
Desportivamente, e sendo o futebol o ópio do povo, a equipa principal terminou o campeonato de inverno na sexta posição, um lugar que preocupa a nova Direcção, que no entanto dá voto de confiança a Daúde Razaque para conduzir o comboio até à última estação, alertando no entanto que todos devem suar a camisola que representam de modo a terminar o Moçambola nos lugares de pódio. As restantes modalidades continuarão a merecer a devida atenção e o desafio é a requalificação do salão da Baixa e dar- -lhe nova roupagem, quiçá voltar a albergar partidas como no outrora.