No próximo dia 8 de Outubro Cipriano Rebeca dos Santos, que se popularizou como Nito, completa 60 anos de idade. Ele que foi um dos tantos jogadores que no início da década de 80 decidiu deixar o país para abraçar o profissionalismo fora de portas, indo para Portugal, onde já lá estava Artur Semedo, seu amigo e colega no Costa do Sol e no Centro 8 de Março nos finais da década de ‘70.
Foi um dos melhores médios que Moçambique viu nascer. E na sua época fazia a posição de ala, mas em Portugal, quando teve a possibilidade de envergar a camisola do Vitória de Guimarães, teve a experiência de jogar com lateral. Era um jogador pujante e bastante dinâmico em todas as missões de um jogo, mas falta-lhe, segundo ele, uma coisa.
– “Não fui um driblador. Acho que um médio ala sem drible fica um pouco amputado. Resolvia o problema de outra forma, por ser tecnicista o quanto baste. Fisicamente era muito forte. Também trabalhava bastante. Considerava-me um verdadeiro trabalhador. De certeza absoluta estou entre os melhores no que fazia. Quando fazemos algo temos de nos entregar por completo. Em campo temos de pensar o jogo e fora dele descansar muito”.