A morte de Nelson Mandela ou Tata Madiba, como era tratado por muitos, figura icónica que combateu o regime segregacionista do Apartheid na África do Sul e usou o desporto para unir negros e brancos, quebrando, deste modo, as fronteiras étnicas e não só, foi, na verdade, o prenúncio do “desmoronar” de um projecto por si arquitectado, que visava essencialmente promover uma união cada vez maior entre o povo sul-africano e o mundo.
– “O desporto tem poder para mudar o mundo. Poder para unir as pessoas, como poucas coisas conseguem. Fala com a juventude em uma linguagem que podem entender. O desporto pode criar esperança em lugares onde ele apenas desaparece”, disse Mandela num dos vários discursos por si proferidos ainda em vida.
Mandela tinha a plena consciência que o seu povo carregava ainda consigo os traumas e as feridas do Apartheid, daí que o desporto foi visto como um veículo importante para transportar a mensagem de paz e união entre os povos e não só. Aliás, Madiba utilizou o desporto como uma ferramenta importante para aproximar os vários segmentos sociais que por longos anos viviam separados um do outro por causa das diferenças raciais.