Depois de o desafio ter acompanhado algumas etapas cruciais na ascensão de alguns jogadores que hoje atingiram a fase de maturação, outros nem por isso, é indisfarçável e notória a mudança de paradigma no que diz respeito à aposta dos jogadores novos nas selecções ou até mesmo nas equipas de origem. De há alguns tempos a esta parte era impensável um jogador de 16 ou 17 anos jogar ao mais alto nível. O factor idade foi sempre posto em causa, mesmo se o talento for inquestionável.
Porém, tal como nos referenciamos anteriormente, as ideias re-trógradas e estáticas vão perdendo espaço, ganhando terreno a aber-tura de novas concepções, despidas de quaisquer preconceitos, dando lugar a mentes abertas, isto é, permitindo que os técnicos modernos apostem no lançamento dos jogadores mais novos nas suas equipas.
Quando Simão Mate Jr re-presentou o Panathinaikos FC da Grécia em 2009 foi o exemplo disso. Aliás, Artur Semedo, que até então treinava o Ferroviário de Maputo, apercebendo-se das qualidades deste jogador, decidiu lança-lo às feras ainda em tenra idade, o que não foi bem visto por alguns círculos de opinião, que não se familiarizaram com a ideia… foi preciso algum tempo para al-guns clubes imitarem o exemplo.Aos 20 anos, afirmou-se como in-discutível na então equipa coman-dada por Henkten Cate, na sua se-gunda temporada no clube grego, tendo falhado apenas um dos en-contros do Panathinaikos na UEFA Champions League. Isto é, desde a segunda pré-eliminatória até aos oitavos-de-final Simão esteve en-tre os dez melhores jovens estrean-tes na competição das equipas que até então ainda estavam em prova nos oitavos-de-final, entre eles o brasileiro Hulk, ex-FC Porto.