O áudio de Mabjaia pode justificar por que razão o nosso desporto regride ante à evo-lução de países que até um dia não tinham expressão. Pode também justificar a razão pela qual Carlos Tomo teve apenas um voto e Clarisse Machanguana não teve nenhum nas eleições que no último sábado elegeram Roque Sebastião a pre-sidente da Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB).
Alguns leitores devem estar a perguntar-se, mas que áudio? E se estão a levantar essa pergunta têm toda razão. O facto é que circula um áudio largamente parti-lhado nas redes sociais de uma chamada que se atribui a autoria a Francisco Mabjaia, presidente cessante da FMB. Não é preciso fazer um grande esforço para con-cluir que se trata de Mabjaia. Porém, não é isto que me preocupa, mas o áudio revela o que nosso desporto se tornou, algo que também é reflexo da nossa sociedade: promiscuidade, ganância.
Mas de que falo? Na gravação, de um minuto e 12se-gundos, Francisco Mabjaia fala com o presidente de uma das associações provinciais que naturalmente partici-pou da Assembleia-Geral e votou num dos candidatos. Porque o voto era secreto não se pode avançar em quem votou. Para proteger a sua imagem não mencionarei o nome. Para o efeito, tratarei algumas pessoas de agente “A”, “B” ou “C”.