Há noventa e cinco anos, ou seja, a 13 de Outubro de 1924, nascia o então Clube Ferroviário de Moçambique, que com o passar do tempo, e conduzido por homens de abnegada astúcia e determinação, tornaram-na numa das grandes agremiações desportivas nacionais de que o país dispõe.
O acletismo foi desde os anos embrionários assumido pela intensa lista de dirigentes que conduziram a colectividade, em diferentes etapas da vida do histórico clube. É seguramente uma marca que simboliza o clube que tem o verde e branco como as cores oficiais, como que a dar vida à empresa patrona na qual é integrado, os Caminhos de Ferro de Moçambique. Aliás, muito deste ecletismo encontra-se espelhada nas duas salas que servem de museu do clube, que retrata a história do emblema que no almanaque conheceu e produziu várias vedetas.
Na celebração dos 95 anos, que terá as cerimónias oficiais no próximo mês de Novembro, serão recordados todos os que deram corpo ao que hoje é o Clube Ferroviário de Maputo, desde o dirigente ao roupeiro ou jardineiro, quais Sousa Dias, Óscar de Carvalho, Ferdinand Wilson, Daniel Firmino, José Cândido, António Fidalgo, Filipe Azinheira, Trig de Morais, Arsénio Esculudes, Horácio Assuceno, Mário Coluna, Nelson Mafambane, Abdul Abdula, Joaquim João, Arnaldo Salvado, Ludovina de Oliveira, Emília Chemane, Dita Jambane, Pedro Mulome, Anabela Fereira, Azevedo, João Chirindza ou Lucas Cambula, uma lista enorme que levaria uma eternidade a mencionar. Cada um e outros no activo defenderam ou defendem o clube com astúcia, escrevendo e ajudando a eternizar a história que orgulha os próprios ferroviários.