Avelejadora Deizy Nhaquile, que é primeira moçambicana a qualificar-se para a XXXII edição dos Jogos Olímpicos, projecta o maior evento planetário sem euforia, porque os 10 meses que terá de preparação são insuficientes para sonhar com algo maior, apontando apenas o top-10 como desejo.
Deizy, que tem registo impressionante de seis títulos africanos consecutivos, é realista quando traça metas para os jogos que se disputam de 24 de Julho a 9 de Agosto.
“Meu objectivo para Tóquio? Ao me questionar isso lembrei-me que na segunda-feira fui chamada para ver telejornal porque falava-se de mim. Dizia-se na reportagem que achavam que eu fosse esperança e que talvez se focassem na vela poderíamos ter possibilidade de ganhar medalhas. É o que entendi e confesso que foi engraçado ouvir isso. Tive uma vitória agora, eles nem sabem como cheguei aqui e nem como funciona isto e dizem que posso ganhar. Não é bem assim. Em Moçambique as coisas são difíceis e não dá para focar exactamente no desporto.