“Não saio triste do clube, até porque já cogitava essa hipótese bem antes, que era para livrar o clube da minha presença, insatisfeito com as circunstâncias, mas ao mesmo tempo assaltou-me um sentimento de alguma compaixão com os jogadores que tiveram comigo muita lealdade e cumplicidade. Deixa-los ao meio da época, à semelhança do que sucedeu no Chibuto, teria sido doloroso para mim e preferi continuar, ainda que com problemas gravosos, mas o afunilamento era cada vez maior e as perspectivas de concretização dos meus sonhos, meus objectivos, não eram comungadas pelo presidente do clube e seus sequazes e decidi fazer aquela declaração pública manifestando o meu desagrado pelo que estava a acontecer no clube”, palavras de Artur Semedo, na hora de encerrar mais uma passagem pelo Desportivo.
Ao reclamar publicamente das condições de trabalho e salariais na véspera da deslocação ao Songo, Artur Semedo deu sinal de que a sua ligação com o Desportivo estava por um fio, o que veio a confirmar-se dias depois com o anúncio do nome de Dário Monteiro como seu sucessor. desafioabordou com o treinador os diferentes episódios que culminaram com a cisão entre as partes.