Joanesburgo, em 1995. SaintDenis, em 2007. Yokohama, em 2019. Pela terceira vez, a primeira após a morte de Nelson Mandela, os Springboks voltaram a unir a África do Sul. Derrotados pela Nova Zelândia no primeiro jogo que fizeram no Campeonato do Mundo, os sul-africanos fizeram no Japão uma competição em crescendo e, no momento decisivo, mostraram a consistência que os caracteri-za. Frente a uma Inglaterra que entrou em campo como favorita, o “XV” de Rassie Erasmus foi superior e, com a segunda maior diferença pontual em finais de um Mundial (32-12), Siya Kolisi levantou a taça Webb Ellis.
Poucos segundos depois de Handre Pollard colocar a bola fora do relvado e confirmar o “tri” dos Springboks, as palavras de Siya Kolisi reflectiram na perfeição a importância para os sul-africanos de mais uma conquista no râguebi. Assumindo o legado deMandela, o capitão sul-africano, que cresceu numa zona pobre dos subúrbios de Port Elizabeth, destacou uma equipa “com jogadores de diferentes backgrounds e de diferentes raças”, mas que José Campaña, o médio do Levante, foi o melhor em campo, marcou um golo e foi um dos heróis na vitória sobre o gigante Barcelona, no sábado. Um gigante… sem cabeça e com pés de barro.O 3-1 na cidade de Valência acaba por atirar para um plano secundário o registo alcançado por Lio Messi. O argentino inaugurou o marcador antes da debacle e chegou ao golo número 500 marcado com o pé esquerdo. Impressionante, Lio.Esse golo apareceu aos 38 minutos, de “penalty”, mas de nada valeu ao desinspirado colectivo de Ernesto Valverde. No segundo tempo, e em apenas sete minutos, o Levante fez três golos! José Campaña (61), Borja Mayoral (63) e Radoja (68) deram a volta completa ao jogo. O Barcelona ainda teve um golo bem anulado a Griezmann, antes de se entregar em definitivo. Depois de uma fase de bons resultados e exibições satisfatórias, o Barcelona voltou à qualidade horrível do início da época. Barça perde no dia do golo 500 do pé esquerdo de Messiesteve unida com um objectivo: “Espero que tenhamos conseguido mostrar à África do Sul que, unidos, podemos atingir as nossas metas. O treinador [Rassie Erasmus] dissenos no último jogo que já não estávamos a jogar por nós. Estávamos a jogar por quem estava no nosso país. Agradeço a todos os sul-africanos: os sem abrigo, os que vivem nas zonas rurais ou nas cidades… Podemos alcançar qualquer coisa se trabalharmos como um só.”.
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