O Maxaquene cai à “segundona” ao fim de quase cem anos de existência. Vai viver as emoções da alta roda do futebol moçambicano pela televisão ou na bancada. A despromoção “tricolor” no Moçambola-2019 surge num momento em que o clube caminha a passos largos para a celebração dos cem anos de existência no próximo mês de Março. Longe dos grandes, como é o seu emblema, os “tricolores” vão disputar a divisão secundária à semelhança do que já aconteceu com o Desportivo de Maputo, segundo clube mais antigo do topo do futebol nacional, Costa do Sol, Têxtil do Púngoè, Matchedje, Estrela Vermelha, estes dois últimos criados após a independência, mas com história visível, até pela sua génese.
Para quem vem a acompanhar a vida do Maxaquene percebeu que mais cedo ou mais tarde ia acontecer. Os “tricolores” deixaram de investir, primeiro no basquetebol e outras modalidades. Depois veio o futebol, no final da época em 2016, alegadamente por falta de dinheiro para contratar jogadores de “topo”, e que por um período de dois anos iria apostar em jogadores formados no clube, contratando atletas menos onerosos, mas com boa margem de progressão.
Esta acção visava, segundo o Maxaquene, iniciar a preparação de um plantel que pudesse disputar a luta pelo título a partir de 2019. Sobre a situação imposta veio a questão: o Maxaquene não estaria a formar jogadores para os tubarões”, a resposta foi que o clube criaria bases para blindálos.