O Costa do Sol contrariou a tendência dos últimos anos, iniciando bem e terminando em glória, conquistando o título que fugia há 12 anos. Os canarinhos, os mais regulares com mais vitórias (20), menos derrotas (4), mais golos marcados (56), menos golos sofridos (25, a par do Ferroviário da Beira) e consequentemente mais pontos (66), mais seis que o segundo classificado, a União Desportiva do Songo.
Os canarinhos foram mais equipa equilibrada, apostando essencialmente numa formação mais robusta, marcando muitos golos, graças ao possante avançado camaronês Eva Nga, com bom sentido de baliza, um meio-campo e uma defesa apostada nos aspectos pragmáticos na interpretação do jogo. Na baliza, os campeões nacionais confiaram ao jovem promissor Victor Guambe, filho do ex-keeper Antoninho, que também fez carreira nesta equipa, que foi aperfeiçoando com o número de jogos realizados, jogando atrás de um defesa de enorme experiência, caso de Chico, que era secundando por Nené, Salomão e, por vezes, Stephen na zona intermediária.
Resumindo, os canarinhos não foram uma equipa de encher o olho no desenvolvimento do seu jogo, mas acabaram por ter “operários” apostados em cumprir bem as tarefas que eram incumbidas, onde a solidariedade entre os jogadores foi a nota dominante.
Depois de João Chissano como técnico, ter dado o campeonato em 2007, vieram várias tentativas, desesperos e contestação à mistura. Foram encontrados vários culpados, mudaram-se direcções e geridos por uma comissão de gestão liderada por Bruno Morgado, surgiu o esperado décimo título.