Antes que seja tarde, antecipo as minhas felicitações e protestos de boas-vindas ao futuro e novo ministro da Juventude e Desporto a ser anunciado esta semana, numa escolha sempre a respeitar do Presidente da República.
A história tem demonstrado que dirigir um Ministério da Juventude e Desporto em Moçambique não é tarefa fácil e precisa de muita genica, provavelmente porque o país tem mais jovens e desportistas do que pescadores, militares, agricultores ou outras especialidades.
Escrevo estas linhas na fé de que o nosso ministério continuará a agrupar a juventude e o desporto. E parece que não constituiu qualquer problema e até ajuda na definição de políticas e distribuição do escasso orçamento.
Por questão metodológica de leitura, devo sublinhar, desde já, que o futuro novo ministro até pode ser a antiga ministra que, ao que se sabe, goza de muita simpatia na família desportiva e não há muito que se lhe aponte. O mesmo vale para a vice-ministra Ana Flávia Azinheira. As duas, lado a lado, tiveram uma prestação aparentemente a nível do que lhes foi pedido pelo Chefe do Estado e exigido pela família desportiva.
Não há nada a questionar quando no dia 15 de Outubro passado a juventude e os desportistas depositaram em massa o seu voto nas urnas a favor do partido Frelimo e do Presidente Nyusi.
Só mesmo gente insatisfeita por natureza quereria exigir mais do nosso ministério, sobretudo numa época que o país enfrenta dificuldades financeiras gravosas.
Recordo-me como se fosse ontem que ali no espaço da Mozarte perguntei ao nosso amigo Alberto Nʼkutumula que legado pretendia deixar na família desportiva enquanto ministro. Naquele dia lembrei-me de David Simango que teve a ousadia de iniciar com a construção do Complexo Desportivo de Pemba ou dinamizou edificação do Complexo Desportivo de Gondola, para não falar da criatividade demonstrada na introdução de prémios aos atletas moçambicanos que conquistam medalhas em competições continentais ou mundiais.
Aliás, hoje não conseguimos entregar os prémios aos atletas devido à crise financeira.
Esquecia-me que estamos todos em crise. Só não estamos em crise para falar, falar e falar, mesmo que não nos oiçam.
Reparo para os cinco anos do Presidente Nyusi e vejo que progredimos imenso. Conquistamos por aí 700 medalhas durante o quinquénio, segundo a contabilidade de Francisco da Conceição, o nosso exímio orador director do Instituto Nacional do Desporto (INADE).