Trazemos um caso que estava a ser gerido em “banho-maria”. Há cerca de dois anos, Arlindo Mapande, que ainda não era presidente do Clube de Desportos da Maxaquene, decidiu oferecer dois jogos de equipamentos aos tricolores que custaram cerca de 15 mil dólares norte-americanos. O pagamento do referido material foi feito em três tranches, em parcelas de cinco mil dólares cada.
Consta-nos que o referido equipamento foi adquirido por meio de Emília Zaqueu, que também veio a ser membro da direcção tricolor. No processo de aquisição do material, o dinheiro chegaria à Emília por meio do cidadão Carlos Abreu, conhecido por Kaló, outro elemento que dirigiu o Maxaquene na era de Mapande.
Soubemos que Kaló Abreu fez chegar as duas primeiras tranches à destinatária, mas a última (igualmente de cinco mil dólares) não foi enviada por este, nem sequer tratou de os justificar.
Depois de várias tentativas para recuperar o dinheiro e sem sucesso, Arlindo Mapande decidiu optar por fazer queixa- -crime contra Kaló Abreu, que, depois de certo tempo, desapareceu da circulação. Soubemos que houve várias diligências para o localizar, em vão.
No último terço do ano passado surgiram rumores de que Kaló tinha sido detido pela Polícia, face á situação. Para confirmar tais actos, a nossa Reportagem dirigiu ao Maxaquene e na conversa com Miguel Vaz, um dos membro da Comissão de Gestão, percebemos que este assunto era alheio à gestão do actual direcção. Tomamos conhecimento do caso sobre os tais cinco mil dólares que não foram enviados para a compra do equipamento, mas não temos elementos para falar sobre este, uma vez que sucedeu-se antes da nossa tomada de posse, a 6 de Novembro do ano passado, respondeu Vaz, aconselhando-nos a procurar por Arlindo Mapande. “É a melhor pessoa para falar sobre o assunto”, distanciou-se.
Imediatamente, contactámos o ex-presidente do Maxaquene, Arlindo Mapande, que confirmou a história, desmentindo, no entanto, sobre uma alegada detenção de Kaló Abreu, como chegou-se a propalar. “Confirmo que fiz uma queixa-crime contra o cidadão, uma vez que não foi possível encontrar dele uma resposta que me satisfizesse. Há três semanas tomei conhecimento que ele apresentou-se ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e na sua audição comprometeu-se a devolver o valor, faltando acordar as modalidades para o tal pagamento. O que lhes disse foi que não aceitaria o pagamento em pequenas parcelas, uma vez que este assunto já leva muito tempo”, disse o ex- -líder tricolor.