Lembram-se de Nico, o “Danger-man”? O goleador que foi campeão pelo Têxtil de Púnguè em 1981 e se destacou na célebre equipa do Matchedje, juntamente com Filipe, Zacarias, Maenga, entre outros; e fez parte do primeiro CAN do qual Moçambique participou em 1986?!
É óbvio que a pergunta é para os mais velhos ou os mais novos que tiveram relatos desta lenda do desporto nacional. Nostalgia é o sentimento que deve ter possuído quem acompanhou a sua trajectória. Mas não é dele que pretendemos falar, mas de alguém a ele associado: o seu filho, Délcio Soares!
Filho de peixe sabe nadar, quase todo mundo já ouviu e usa este aforismo. Ele enquadra-se perfeitamente no caso deste filho e o seu progenitor: Délcio e Nico!
Mas Délcio quis nadar em outras marés, longe de imaginar que um dia seria “rei da praia”. Délcio soma nove títulos em voleibol de sala (três pelo Costa do Sol, dois pelo Ferroviário da Beira, três pela Autoridade Tributária de Nampula e um pela Académica; e oito de voleibol de praia, sem nenhuma derrota desde 2005.
A decisão de se desviar do futebol foi tomada após acompanhar a falta de reconhecimento das vedetas nacionais. O seu pai foi um dos principais exemplos, diga- -se, negativo, de como são tratados, na sua maioria, os desportistas nacionais.
Depois do Bebec (Campeonato Infantil), Copa Coca-Cola (Campeonato Infanto-Juvenil Interescolar), jogos escolares e futsal, apaixonou-se pelo voleibol, sua actual modalidade de eleição, mesmo à revelia da sua mãe Felizarda Jaime Matsinhe, que não queria ver o seu filho enveredar pelo caminho do seu então parceiro.
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