O afastamento pre-coce da Selecção Nacional de fut-sal na 6.ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), que vinha decorrendo em Laayoune, Marrocos, desde o passado dia 28 de Janeiro, tendo o seu epílogo a 7 de Fevereiro do ano corrente, deixou Moçambique mui-to aquém das expectativas. Contudo, o técnico nacional Naymo Abdul e os seus joga-dores, para além de reconhe-cerem o desaire, explicam também os motivos do afas-tamento.
Depois de ter conquistado a medalha de bronze no ano passado, a performance do combinado nacional esteve muito abaixo daquilo que é o seu real valor. Moçambique terminou a fase de grupos sem conhecer o sabor da vi-tória.
A Selecção Nacional apre-sentou-se no CAN com um grupo de seis atletas que tran-sitaram da equipa que dispu-tou o Mundial da Colômbia. Os oito despontaram nas úl-timas épocas, granjeando a confiança da equipa técnica. Depois de perder para Angola (7-4) e Guiné-Conacri (7-3), o “cinco” nacional voltou a consentir mais uma derrota diante do Egipto (4-3), vice–campeão africano.
No histórico entre Mo-çambique e Egipto regista-se uma vitória, igual número de derrota e empate. Foi curio-samente no ano em que foi estatuída a então Comissão Nacional de Futsal e que tam-bém nos sagramos vice-campeões africanos (2004). Na ocasião, apurava-se apenas uma equipa. No jogo da pri-meira “mão”, Moçambique perdeu por 10-2 no Cairo. Em Maputo ganhámos 5-3.
Naymo Abdul, técnico da Selecção Nacional, que co-meteu a façanha de qualificar pela primeira vez o país para um Campeonato Mundial da categoria em 2016, anun-ciou, em Laayoune, ao vice–presidente para a área das Selecções Nacionais, Paíto Mucuana, o desejo de deixar o seu cargo à disposição, em virtude desta prestação.
– “Assumo todas as res-ponsabilidades pelo fracas-so. Peço desculpas ao povo moçambicano, em geral, e à direcção da Federação Mo-çambicana de Futebol (FMF) e aos amantes de futsal, em particular, por não ter al-cançado os objectivos pré–estabelecidos. Deixo o meu lugar à disposição, mas saio com o sentimento de missão cumprida, porque neste pe-ríodo de 4 anos consegui, em parceria com os meus colegas da equipa técnica (Inácio, Canhoto e Nadir), médicos (Dr. Calú e Solomone) “sta-ff” e jogadores, alcançar um feito histórico e inédito, que foi a qualificação para o Cam-peonato do Mundo de futsal. Agradeço de forma reiterada à FMF pela confiança e pelo apoio logístico fornecido ao longo da fase de preparação”, desabafa Naymo Abdul.
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