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ENTREVISTA

OS JOGADORES DO DESPORTIVO ESTÃO A DEIXAR DE ACREDITAR NA DIRECÇÃO

Após a última comunicação à nação do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, sobre o reforço das medidas preventivas para evitar a infecção do coronavírus, o técnico Dário Monteiro decidiu dispensar os seus jogadores, como forma de protegê-los do risco. “Achei que a rapaziada, como todos os membros da equipa de futebol principal, deviam ficar em casa, que é a melhor maneira de evitar o contágio, num possível contacto entre, bem como no acto de deslocação. Sensibilizados pelo que estamos a acompanhar na Europa, a melhor forma de nos protegermos é ficar em casa. Ademais, já havendo casos no país, o risco do contágio é maior. Por outro lado, não há necessidade de haver treino se não há competição”, disse o técnico.

Havia, também, falta de condições para trabalhar na equipa principal alvi-negra. “O Desportivo, que eu saiba, ainda não pagou nada na presente época. Começamos a trabalhar em Janeiro e até ao momento não há um único salário. Os jogadores estão completamente preocupados com a situação. Os mesmos não têm condições para ficar em casa. Precisavam de ter dinheiro para comprar a mantimentos e, infelizmente, não têm dinheiro”, afirmou o técnico em desespero.

Antes da dispensa aos jogadores, Dário Monteiro revelou que os jogadores mostravam-se muitos tristes e desesperados, chegando a ponto de pedirem-lhe ajuda. “Mesmo estando sentido pela situação, disse-lhes que não tenho soluções para pôr cobro à situação”, disse Dário, que acrescentou que “vi-me em situação melancólica. Mas, ao mesmo tempo, pensei que não fui eu quem firmou os compromissos com os jogadores, mas sim o clube. Ajudei até onde pude. Mas chegou um momento em que a situação ficou insustentável. Confesso que já não olhava para eles como profissionais de futebol, mas como seres humanos, que precisam de dinheiro para satisfazer as suas necessidades, mesmo as básicas, pelo menos cuidar das suas famílias, entre outras coisas”, lamentou o técnico, revendo-se numa situação de expectativas frustradas de indivíduos que estabelecem acordos à espera de serem remunerados.

Por: JOCA ESTÊVÃO
Foto de Arquivo

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