O Ferroviário de Lichinga preparava- -se para participar no seu primeiro Moçambola em 2020 quando a Covid-19 decidiu bater à porta do mundo. Na formação do plantel, a direcção decidiu manter 70 por cento da equipa do ano passado, mormente jogadores que fizeram parte da campanha de qualificação à grande festa do futebol nacional. 30 por cento dos jogadores que compõem o plantel foram indicados por Antoninho Muchanga, técnico principal, que trabalha com Arnaldo Ouana.
“Colocamos o projecto nas mãos dos técnicos, e estamos seguros que vão fazer um bom trabalho com vista ao alcance dos nossos objectivos. Devido à grandeza reconhecida dos nossos oponentes, as nossas pretensões não vão além da manutenção, mas gostaríamos que fosse sem grandes sacrifícios”, começou por dizer o presidente da colectividade, Cássimo Salimo, referindo igualmente que “já estávamos organizados para enfrentar a época”, salientou o dirigente do representante de Lichinga, acrescentando que “em Fevereiro já estávamos com a casa arrumada. Infelizmente, veio a pandemia da Covid-19 e tudo foi por água abaixo. Os jogadores que vieram de outros pontos tiveram de regressar à sua proveniência e os restantes ficaram no Niassa. Todos eles estão em coordenação com a equipa técnica, apesar da distância. Hoje já há métodos que possibilitam controlar o trabalho à distância, mas não estamos convictos que mais uma pré-época, se for considerado que as actividades regressem, seja uma certeza”, disse Cássimo, que revelou que a missão de Antoninho e Arnaldo Ouana não se vai cingir apenas a trabalhar com a equipa sénior. “Vão organizar e trabalhar com as camadas de formação. Pela experiência que eles adquiriram como jogadores (jogaram até pela Selecção Nacional) e também como treinadores, poderão ser úteis para ajudar a descobrir talentos locais e lapidar para que, no futuro, o Ferroviário de Lichinga possa ter a sua base com jogadores do Niassa, contratando um e outro para reforçar a equipa”, disse.