Em apenas três dias assistiu-se a um “comércio triangular”, entre a Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Secretaria do Estado dos Desportos (SED) e a Federação Moçambicana de Futebol (FMF), com o objecto do negócio a ser a relva sintética que permaneceu retida no Porto de Maputo por longos cinco anos devido à falta de pagamento de direitos aduaneiros.
Trata-se de uma novela que conheceu vários capítulos, com o epílogo a acontecer quarta-feira última, quando a autoridade aduaneira decidiu entregar os oito contentores carregados de relva artificial à SED, depois de manifesta incapacidade da FMF em desealfandegar a mercadoria, mas também depois de leilões… fracassados.
Dois dias depois de receber a doação a Secretaria do Estado, através do seu dirigente máximo, Carlos Gilberto Mendes, optou por oferecer a relva importada de Portugal à FMF, entanto que autoridade de futebol. Isso aconteceu na tarde de sexta-feira, quando oito camiões carregados de contentores descreveram a Estrada Circular até ao Estádio Nacional do Zimpeto, onde acontece o trespasse. Na verdade, tratou- -se da oferta do piso sintético ao verdadeiro importador.