Cerca de seis meses depois da época chegar ao fim, o técnico João Figueiredo voltou ao passado recente para falar da sua ligação com o Maxaquene, que acabou por descer de divisão. Acredita que apesar do percurso que a equipa vinha tendo podia ter-se mantido no Moçambola. Na entrevista, o técnico deixa ficar que houve pessoas interessadas em colocar a colectividade centenária na segunda liga.
– “Infelizmente não queriam que o Maxaquene continuasse no Moçambola. Na última vez que servi o clube, mesmo sem perder um único jogo descemos de divisão. Isso marca qualquer treinador”, disse Figueiredo, que acrescentou que “a dado momento do campeonato o Maxaquene passou a depender de terceiros para se manter entre os grandes deste futebol e como havia outro tipo de interesses houve facilitismo da nossa parte e também para as equipas adversárias para que estas levassem vantagem sobre nós. Tenho a certeza que isso aconteceu, embora seja difícil de provar. Lembro que o Costa do Sol na derradeira jornada foi jogar a Nampula com o Ferroviário local com a conquista do campeonato resolvida. Em condições normais o Costa do Sol não ia perder aquele jogo e ainda por um resultado daqueles. Mas, como viram, o Ferroviário de Nampula, que também não se acertava, conseguiu permanecer”, lamentou o técnico.
Dessa passagem pelo Maxaquene, além da descida de divisão, João Figueiredo queixa-se da atitude de alguns dirigentes do Maxaquene, que não quiseram pagar os seus ordenados.