Numa altura em que a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) pretende disciplinar o agenciamento de futebolistas no nosso país, capitães de algumas equipas do Moçambola minimizam a importância dos agentes de jogadores intramuros, referindo que o compromisso com estes agentes moçambicanos devia cingir-se em ajudar na transferência de jogadores para o exterior, uma vez que em Moçambique a colocação de jogadores em equipas tem sido feita pelos dirigentes do clubes.
Na sua intervenção sobre o assunto, o capitão do Ferroviário da Beira, Maninho, afirma ser importante que o atleta tenha um agente, referindo que os benefícios que se esperam da actividade do representante deviam ser “apoio ao jogador na tomada de decisões concretas e seguras na sua carreira, usando a sua influência para abrir no-vas portas, além de ajudar em momentos negativos no seu percurso, como apoio moral, o que não se verifica no país. Na minha opinião, o trabalho que é feito a nível doméstico é insignificante. Os agentes de jogadores usam os jogadores para alimentar os seus interesses”, disse Maninho, secundado por Jeitoso, do homónimo da capital.
O capitão do Ferroviário vai mais longe ao dizer que “lembro-me que um colega de equipa esteve numa si-tuação de aflição e precisava de 20 mil para resolver uma situação pontual. Ele ligou para mim a pedir-me ajuda e sugeri que falasse com o seu empresário. Respondeu-me que o tal agente não tinha di-nheiro. Então perguntei: por que razão descontava os 10 por cento do seu salário para dar ao empresário? Os joga-dores deviam aconselhar-se melhor antes de firmar com-promisso com um agente e participar na elaboração dos contratos. Não podem aceitar que sejam obrigados a assinar contratos que não lhes bene-ficiem. Não faz sentido que os senhores agentes estejam no futebol apenas para extorquir os jogadores e nunca para aju-dá-los de facto”. O central in-ternacional moçambicano diz também que “não concordo que um agente queira ganhar dinheiro com um jogador que actua em Moçambique. Os sa-lários que auferimos são muito baixos”.
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