O desporto nacional deve transitar para uma nova abordagem nas várias vertentes como forma de quebrar com a actual rotina, caracterizada por fraca organização do movimento associativo desportivo, falta de financiamento, má gestão, entre outras anormalidades que minam o avanço deste que é um dos sectores vitais da sociedade. Esta é uma das decisões saídas do I Conselho Coordenador da Secretaria de Estado do Desporto, findos os cerca de oito meses da sua criação, no contexto da descentralização governativa no âmbito da nova Constituição da República.
Uma das preocupações da SED no contexto da descentralização foi a interligação entre a estrutura desportiva central e de base. O que ficou claro é que com a eliminação das direcções provinciais da Juventude e Desporto e surgimento, no âmbito da descentralização, das do Emprego, Juventude e Desporto, este último sector responde directamente ao governo provincial e não central, neste caso à SED. Sendo assim, viu-se a necessidade de clarificação, por parte do Ministério da Administração Estatal e Função Pública, representado no encontro, de competências ao nível central e de base com vista a permitir uma acção mais coordenada e eficaz a bem do desenvolvimento do desporto. A SED apelou à Função Pública para que veja, no âmbito da Revisão do Regulamento da Lei de Descentralização, que competências devem ficar com o desporto ao nível da base. -“O sector precisa dessas competências ao nível da base sobre o risco de não funcionar como deve se”r, observou, Júlio Mendes, Secretário Permanente da SED.
Aliás, a situação actual mostra, por exemplo, que a Inspecção da SED tem tido dificuldades de trabalhar com o desporto ao nível da província, porque as competências neste sector estão com o governo local. Já perdemos tempo à procura de atribuir competências e há que tomar decisões, disse um dos participantes.
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