A cada dia que passa a situação financeira do Maxaquene agrava-se. No final de Março corrente os salários em atraso dos seus trabalhadores passam para 28 meses. A nossa Reportagem apurou na semana antepassada que os desesperados trabalhadores decidiram paralisar os trabalhos e trancaram os portões do clube como forma de reivindicar os seus direitos. Nessa manhã, de imediato, surgiu a intervenção de um dos elementos da Comissão de Gestão do clube para apaziguar a situação e no acto das conversações os trabalhadores solicitaram um encontro com as empresas patrocinadoras do clube para os pôr a corrente da triste situação que vivem, junto das suas famílias.
Foi assim que Nuro Americano, figura proeminente do Maxaquene, conseguiu colocar os trabalhadores num frente- -a-frente com os representantes das empresas integradoras, designadamente Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e Aeroportos de Moçambique (ADM), onde expuseram as suas preocupações. Nesse encontro os trabalhadores fizeram-se representar pela comissão dos trabalhadores, que narrou a vivência destes no clube nos últimos dois anos, referindo que apesar de reconhecerem que a situação económica do país é difícil, – com o agravante da pandemia da Covid-19 fazer-se sentir em grande medida, pondo em causa o normal desenvolvimento das mesmas -, os seus problemas não devem ser secundarizados.
Ouvidas as intervenções dos representantes dos trabalhadores do Maxaquene, os representantes das empresas patrocinadoras dos tricolores reconheceram igualmente que o momento do país e das várias instituições moçambicanas é de ressentimento no que tange à situação económica, que foi mais abalada, sobretudo, com a eclosão da pandemia da Covid-19. Os representantes das empresas mostraram-se, ainda assim, dispostos a rever o caso, não escondendo que de momento não existe nenhuma forma de resolver o problema das dívidas dos trabalhadores do clube.
{loadmodule mod_sppagebuilder,Leia mais…}