Associações Provinciais (APF) apelam à Federação Moçambicana de Futebol (FMF) para que aposte na melhoria das infra-estruturas desportivas e administrativas dos seus associados, pois segundo eles, só assim é que será possível desenvolver o desporto-rei no país.
O desafio foi lançado na terça-feira, em Maputo, durante a assembleia-geral ordinário da FMF que contou com a participação das 11 associações provinciais.
Os associados da Federação reclamam das más-condições dos campos de futebol, futsal, bem como a falta de condições nalgumas das sedes. Essa situação, segundo os presidentes das associações, condicionam o desenvolvimento de futebol. Aliás, existem no país provinciais sem pelo menos um campo em condições para acolher alta-competição, como são os jogos do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola.
Em relação ao futebol de praia, apesar de uma vasta costa, são poucas as províncias que se podem gabar de possuir um recinto apropriado para desenvolver essa sub-modalidade, na qual Moçambique é actualmente vice-campeão africano e um dos mundialistas da última edição que teve lugar em Agosto, na Rússia.
Reagindo à inquietação das associações, o presidente da FMF, Feizal Sidat, disse que ele e o seu elenco estão cientes das preocupações dos associados e tudo irão fazer para darem uma melhor resposta.
“Acolhemos a todos os problemas de infra-estruturas arrolados pelas associações e faremos de tudo para resolvê-los. Sabemos que não será fácil, mas estamos a trabalhar. Sabemos dos valores da construção ou reabilitação de edifícios e campos, não é fácil para nós em termos de custos, mas vamos, na medida do possível, resolver os problemas das infra-estruturas das nossas associações já debilitadas. Já reabilitamos algumas sedes, mas ainda há caminho por trilhar”, ripostou Sidat.
Na Assembleia-Geral de um dia, foram discutidos e aprovados várias questões como o plano competitivo-2022 que prevê o regresso das provas em todos os escalões; a formação (de jogadores, árbitros, técnicos e gestores), a necessidade de se desenvolver ainda mais o futebol feminino, de praia e o futsal. Foi abordado também o licenciamento de clubes, arbitragem, alta competição e a medicina desportiva.
Todos os relatórios apresentados foram aprovados por unanimidade, salvo o financeiro que alguns associados tiveram algumas reservas dada a dívida de 70 milhões de meticais contraída entre 2015 e 2019. A próxima Assembleia-Geral está programada para Março de 2022.