Quarta-feira última escalámos Laulane para uma conversa com Urbano Pereira Loforte, ex-médio ala direito, que nos anos 70/80 vendeu classe em clubes de Maputo e de Nampula, antes de explodir de vez no Desportivo de Maputo, clube que ajudou a conquistar os primeiros dois títulos (1977 e 1978) após a independência, graças ao seu poder de desmarcação e suas assistências milimétricas, que lhe permitiam colocar a bola onde quisesse, mormente na cabeça de Sitoe, o goleador-mor.
Urbano – a caminho dos 73 anos, a completar já a 23 de Janeiro próximo – começou no seu bairro, Chamanculo, nos anos 60, mas muito cedo foi para o Central, onde foi campeão da II Divisão. Em 1971 é recrutado para a tropa portuguesa, numa altura em que o Sport Lisboa e Benfica precisava de si, que seguiria com o falecido Quarentinha. Cumpriu a tropa em Nampula e acabou jogando a ponta-de-lança no Benfica e no Sporting, ambos de Nampula, marcando muitos golos e granjeando a simpatia dos adeptos.
Mais tarde, pouco antes da independência nacional, Urbano – que hoje em dia se transformou num médico tradicional – regressa à capital do país e abraça o clube do seu coração, o Desportivo. É aqui onde se conheceu o verdadeiro Urbano, muito astuto no seu posicionamento em campo, com estonteantes fintas com o corpo, que desequilibravam os adversários e abriam espaço para a exploração total da linha de fundo, donde vezes sem conta saíam cruzamentos letais.
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