A conquista do título inédito da selecção do Senegal na 33.ª edição do Campeonato Africano de Futebol (CAN), não só foi um momento de extravasão de euforias pela tribo do futebol local, mas também um momento para selar “acordos” de paz entre velhos amigos (Aliou Cissé e Khalilou Fadiga), que em tempos atrás trocaram palavras azedas, depois de Cissé ter falhado o CAN de 2002.
Após oito anos de intenso trabalho para levar o título ao Senegal, Cissé atravessou por caminhos sinuosos e, muitas vezes criticado até por companheiros seus. Depois de tê-lo forçado a abandonar a selecção caso voltasse a falhar o objectivo, Khalilou Fadiga antiga vedeta da selecção do Senegal, actualmente membro do Grupo de Estudos Técnicos para o CAN, reconheceu ter sido “duro” para com o seu amigo.
“Não chorei quando perdemos os quartos-de-final do Campeonato do Mundo, mas chorei porque foi extraordinário conquistar o primeiro título Africano. Eu tinha-o pressionado de forma dura, dissemos que nunca o largaríamos e que sempre que houvesse alguma coisa, falaríamos um com o outro. Abraçámo-nos. Foi um momento muito forte. Eu disse-lhe que tínhamos a melhor equipa e todos os ingredientes para ter sucesso nesta Taça Africana. E nós fizemo-lo”. Eu e ele temos um carácter forte, mas no final conseguimos dar-nos bem um com o outro. É como o Senegal, nós somos assim. Raramente somos violentos. Somos sempre gentis um com o outro. Ele pediu que toda a geração de 2002 estivesse presente para celebrar com ele. É um grande homem porque foi o primeiro treinador que trouxe a Taça Africana das Nações para o Senegal”, reconheceu Fadiga.
Leia mais em…https://flipbook.snoticias.app.co.mz/login.php