O Costa do Sol e Ferroviário de Maputo iniciam hoje, às 18:00horas, a disputa da final do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores femininos-Liga Sasol. O vencedor da prova será encontrado numa maratona à melhor de três partidas. A anteceder a final, às 16:00horas, A Politécnica e Maxaquene disputarão o acesso ao terceiro lugar, igualmente no sistema de “play-off” à melhor de três jogos. Os dois primeiros embates do dia serão reservados para as classificativas do quinto ao oitavo lugar. Às 12:00horas Eagles da Maxixe mede forças com New Vision de Pemba, enquanto Mucopelinhas de Nacala lutará pelo quinto lugar diante do Clube Municipal da Beira.
Na fase regular, tanto o Costa do Sol, assim como o Ferroviário terminaram líderes invictos nas respectivas séries (“B” e “A”). São as únicas equipas sem derrotas na prova. Nas meias-finais o Costa do Sol despachou o Maxaquene por 97-25, enquanto o Ferroviário experimentou dificuldades para vencer A Politécnica por 58-47.
A partida da final, entre as “canarinhas” e “locomotivas”, será a reedicção da final do Campeonato da Cidade de Maputo, conquistado pelo Costa do Sol e da final do Campeonato Nacional, do qual o Ferroviário de Maputo não perde desde que ergueu o troféu em 2014, somando seis títulos consecutivos, dos oito que preenchem o seu palmarés (outros dois foram conquistados em 2005 e 2006). O último “Nacional” foi disputado em 2019, depois que a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) cancelou a época 20020 devido às restrições da pandemia da Covid-19.
“CANARINHAS” BUSCAM
TROFÉU HÁ MAIS DE 35 ANOS
A última vez que o Costa do Sol conquistou um título nacional foi no longínquo ano de 1986, marcando o segundo troféu do seu palmarés (nacional), após erguer o primeiro em 1983.
Para quebrar o longo “jejum”, o Costa do Sol foi buscar o jovem treinador Leonel Manhique, que já começou a colher frutos para o “ninho” dos “canarinhos”. O técnico venceu, ao seu principal rival, o Torneio Nutrição e o Campeonato da Cidade.
A final que hoje inicia tem várias curiosidades, uma delas envolve os dois treinadores. Em 2014, na altura desconhecido, Leonel “Mabê” Manhique foi responsável por “arrancar” o título nacional à poderosíssima equipa de Nasir Salé, a extinta Liga Muçulmana de Maputo, uma espécie de Selecção Nacional. Com aquela façanha, Mabê devolvia alegria às “locomotivas” de Maputo sete anos depois. E foi com ele o Ferroviário viria a conquistar todos troféus até 2019, incluindo o primeiro título Africano de Clubes, do qual é detentor. A última edição foi conquistada pelo seu “mentor” Carlos Aik.
A história pode repetir-se já este fim-de-semana, caso o Costa do Sol conquiste o “Nacional” contra um Ferroviário, que tem dois reforços estrangeiros, a nigeriana Sara Ogoke e a congolesa Betty Calanga.
Lembre-se que o vencedor da Liga Sasol encaixará 600.000 meticais, enquanto o segundo e o terceiro embolsarão 250.000 e 150.000meticais, respectivamente. É a primeira vez que o basquetebol feminino tem uma Liga e os vencedores recebem valores monetários.
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