Tomás Daniel Calton Banze – ex-médio do Desportivo de Maputo e da selecção nacional – foi um dos melhores executantes de Moçambique. É verdade que a sua estatura baixa não lhe permitia disputar bolas altas, mas compensava esse défice com o melhor que o seu biotipo lhe permitia, usando a potência descomunal da sua farta massa muscular para aterrorizar muitos guarda-redes da sua época com portentosos remates, muitas vezes imparáveis, para delírio dos amantes do futebol.
Mas em Calton não era só isso que havia de melhor. Tinha também uma criatividade incrível e uma invejável capacidade de drible. Jogava e fazia jogar. Foi, por isso, preponderante na conquista dos quatro campeonatos do Desportivo (1977, 1978, 1983, 1988) e uma Taça de Moçambique (1981). Não espantaram, pois, as chamadas constantes à Selecção Nacional por 39 vezes. O “clímax” foi quando fez parte dos convocados para o primeiro CAN de Moçambique (Egipto-86). Já no “ocaso” da sua carreira, aos 33 anos, ainda entrou para o profissionalismo português, pela porta do Sporting Clube de Portugal, em 1988.
“O ano de 1988 foi especial, porque não só fomos campeões, como sagrei-me melhor marcador do campeonato, com 20 e tal golos. E que golos! Repare que aí não há nenhum penalty. Até fui convidado a marcar alguns, mas neguei porque nunca fui bom a marcar penalidades. Se calhar no fim os números teriam sido mais”, observa, antes de acrescentar: “nisso não era como o meu pai. Dizem que era exímio marcador de penalties”.
Leia mais em…https://flipbook.snoticias.app.co.mz/login.php