Chama-se Bernardo Ouana por registo, mas é popularmente conhecido pelo diminutivo Naldo. À beira dos 72 anos de idade, nasceu a 18 de Abril de 1950, no mítico Chamanculo. Ocupa a quarta colocação na fila de nove filhos que o casal João Ouana e Jimima Ntimula trouxe ao mundo, dos quais sete são mulheres. Na família é o único que praticou desporto ao mais alto nível.
Dono da camisola nº 7, respeitado estratega do meio-campo tricolor, excelente na retenção e protecção da bola, na leitura do jogo e na liderança do grupo – Naldo é dos poucos jogadores que na vida foram fiéis a um só clube. Iniciou-se no Sporting de Lourenço Marques, em 1966. Transitou com o clube para o Moçambique independente e viveu as várias “metamorfoses” da colectividade, que viria a chamar-se Leões da Gorongosa, Asas de Moçambique e, a seguir, Clube de Desportos da Maxaquene, nome que ostenta até aos dias que correm. Um nome, frise-se, atribuído pelo adepto do clube, Domingos Moura.
Naldo ganhou vários campeonatos e torneios, foi duas vezes vencedor da Taça de Moçambique (1978 e 1982), foi vice-campeão em 1979 e 1982, mas faltou-lhe o título de campeão nacional até ao término da carreira, em 1983. Nesse ano testemunharia a uma homenagem apoteótica no Estádio da Machava, num jogo internacional que fez com que o Karls United se deslocasse do Zimbabwe para vir abrilhantar o adeus do carismático, capitão tricolor, que passaria a braçadeira herdada de Joaquim Gonçalves ao lendário guarda-redes Nuro Americano.
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