O Campeonato Africano de Boxe da Zona IV terminou em grande confusão, pelo que ninguém levantou os troféus na noite de sábado. Tudo começou quando a organização atribuiu o título à Zâmbia ao invés de Moçambique, que somou sete medalhas de ouro contra apenas cinco dos zambianos. O ambiente ficou quente e turvo no Pavilhão do Maxaquene logo que foi anunciada a classificação final, que relegava a África do Sul para o terceiro posto. A organização justificou esta classificação com o facto de as medalhas obtidas em finais directas nalgumas categorias não valerem para as contas finais, algo que nenhum participante foi avisado antes do início da competição, muito menos na reunião técnica. A Federação Moçambicana de Boxe (FMBoxe), o público amante da modalidade, imprensa e até alguns juízes estrangeiros que estiveram na prova ficaram incrédulos. Procurou-se a justificação da situação, mas os organizadores foram renitentes e negaram terminantemente mudar o quadro vigente. A cerimónia oficial de encerramento não aconteceu, as taças não foram entregues, apenas os atletas, individualmente, é que receberam as medalhas. O secretário de Estado do Desporto (SED), Gilberto Mendes, o director-geral do Instituto Nacional do Desporto (INADE), Francisco da Conceição, o vice-presidente do Comité Olímpico de Moçambique (COM), Francisco Mabjaia, saíram do agitado pavilhão sem ter concluído a cerimónia que vinham orientando no contexto do encerramento do evento, de quatro dias. Moçambique teve quatro finais directas por Rady Gramane, Alcinda Panguana, Solomone Júlio e Ibraimo Ussene. Para a organização, as medalhas de ouro obtidas por Solomone Júlio e Rady Gramane não contam, ou seja, as suas categorias estavam fora do quadro competitivo.
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