Tudo fazia prever que a tarde de domingo no Estádio da Machava seria mais uma daquelas de grande festa para o Ferroviário de Maputo. Havia razões mais do que suficientes para se fazer tal vaticínio. Os primeiros 20 minutos foram inteiramente dominados pelos locomotivas, que entraram a todo gás, dispostos a abaterem os touros. O jovem médio Shaquille e o experiente Kito conseguiram se impor no meio campo, explorando melhor os espaços, enquanto doutro lado, Kadre e Stephen estavam algo perdidos em campo.
Foi no seu melhor momento, que os donos da casa construíram uma vantagem de dois golos. O primeiro surge de uma situação em que os jogadores da ABB esperavam que o Ferroviário devolvesse a bola, fazendo valer o fair-play. Não foi o que aconteceu. Os verde e brancos lançaram-se para o ataque e inauguraram o marcador com um golo do avançado Traoré. Ivan ainda saiu dos postes para procurar evitar o pior, mas a bola foi muito bem colocada. O golo funcionou como catalisador para o Ferroviário que passou a jogar de forma mais dinâmica e nove minutos depois na sequência de uma jogada bem elaborada pelo flanco direito. Yude conduziu a bola e Celso concluiu de forma exemplar. Nas bancadas o ambiente era de festa. Os mais optimistas apontavam mesmo para uma vitória por números expressivos, na medida em que até ao momento os comandados de Inácio Soares não tinham dado sinais de estarem em campo. Mas num ápice tudo mudou e diga-se de passagem muito por culpa dos locomotivas, que estando a vencer, por 2-0, e com muito tempo ainda por jogar, apostaram numa estratégia de gestão e até de anti-jogo. Constantemente os jogadores atiravam-se sem motivo aparente obrigando a equipa médica a ter que intervir várias vezes. O facto é que a estratégia não resultou em nada, já que os campeões nacionais não caíram na “jogada” .Muito pelo contrário. Gradualmente foram se encontrando e a partir dos 20 minutos assumiram as rédeas do jogo para nunca mais largarem.
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