A Associação Desportiva de Vilankulo, ADV, somou às custas do Ferroviário de Maputo a segunda vitória que pode amainar os ânimos da crise de resultados que tira sono àquela formação da capital turística da província de Inhambane. O tento solitário dos “hidrocarbonetos” foi apontado por Sibale no último segundo dos quatro minutos de compensação.
Resultado enganador para alguns e para outros vitória que premeia a equipa que teve paciência e soube sofrer até ao apito final. No entanto, muito longe de uma vitória de superioridade, mas de um pouco de sorte, visto que o golo solitário aconteceu já com juiz da partida com apito na boca para o último sopro.
A vitória do ADV sob batuta de Eurico da Conceição, curiosamente contra equipas dos CFM, depois de descarrilar a locomotiva de Chiveve no mesmo recinto, não retira o desejo do público de ver toda equipa técnica se demitir por causa dos soluços da equipa que funciona como um pirilampo, acende quando entende e apaga logo a seguir.
Aliás, um adepto ferrenho da equipa de Vilankulo que viajou da cidade de Maputo para apoiar o seu clube em Xinavane quando ADV defrontou e perdeu contra os açucareiros disse numa das suas crónicas nas redes sociais que “não consigo entender até aqui como é que ADV, com melhores condições que algumas colectividades do Moçambola, apresenta-se tão fraca ao ponto de até perder jogo com um Incomáti de Xinavane“.
“Vimos sim, uma equipa sem modelo de jogo, perdida em campo, com alguns jogadores que de forma individual tentavam construir jogadas fracassadas”, termina a sua crónica questionando. “Quem afinal está a proteger e insistir em Eurico da Conceição. Quem está a protegé-lo? O principal patrocinador desta equipa, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, não cobra nada à direcção? Gosta assim mesmo?
Drenar e só drenar avultadas somas em dinheiro para pagar salários a jogadores, treinadores, director desportivo, secretário-geral, vice-presidente, presidente e todos outros, de uma equipa sem perspectiva que sempre perde jogos e não há responsabilização?
Por: MUANDRO TINGA, COM PATROCÍNIO DO HOTEL MASSUNGUINE
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