Chama-se Amade Chababe Amade. José Chababe Amade e Amina Ingone trouxeram-no ao mundo a 28 de Setembro de 1958, em Pemba, Cabo Delgado. Uma terra que deixou antes mesmo de atingir a maioridade, porque a arte da bola ensinou-lhe cedo a ser um andarilho. E, de bacela, transformou-o num poliglota, que a dado momento deu por si já a falar muitas línguas, como swahili, inglês, francês, espanhol e italiano, além, claro, do português e makua. É o único dos cinco irmãos que teve essa ventura. Essas valências.
Chababe é um dos melhores médios ofensivos que o país viu nascer, um ídolo dos anos 70/80. Consagrou-se no Desportivo de Maputo, onde ganhou dois campeonatos (1983 e 1988). Pela selecção teve a honra de ser um dos jogadores que qualificaram Moçambique para o primeiro CAN, o de 1986, no Cairo, Egipto. Mas isso foi depois. Antes já havia participado num marco histórico, naquela inédita vitória sobre os temíveis Camarões, em 1983, no Estádio da Machava.
Intramuros, Chababe – detentor do recorde de golos no Campeonato Nacional, com 27 tentos marcados em 1983 – deixou o futebol em 1990. Mas porque a vida lhe deu outras oportunidades, o filho da águia voou para o estrangeiro e ainda jogou em duas equipas amadoras, designadamente o Croydon FC da Inglaterra, em 1991, e no Tuggeranong da Austrália, em 1997.
Depois de sensivelmente 16 anos fora do país – divididos por Inglaterra, Sudão e Austrália – regressou em 2006 e abraçou vários projectos desportivos, tanto no dirigismo como no treinamento de futebol. Por enquanto está longe dos futebóis de forma activa. Mas o bichinho do futebol está em hibernação no seu sangue e nunca se sabe o que o futuro lhe reserva, daí que esteja proibido de dizer “desta água jamais beberei!”.
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