É difícil, praticamente impossível, repenetramos nos labirintos da era áurea do andebol moçambicano – anos 80 e princípios de 90 – sem fazermos referência ao nome de Heitor Salvador Maxaieie, um ex- ponta esquerda que fez vibrar multidões nos pavilhões como ninguém.
De estatura baixa, Heitor – que em 1980 se iniciou no Estrela Vermelha, tendo depois representado o Matchedje, Maxaquene e Selecção Nacional – compensou o défice que a sua altura lhe podia provocar com outras valências: excelente condição física, velocidade e força. Nesse quesito era imbatível.
Não há margem para dúvidas que foi um andebolista de elite, ao lado de outros atletas que deram alegrias ao país, como Penalva César, Geraldo Murta, Carlos Rodrigues, Horácio Pavia, Rui Amade da Silva, Suleimane Jalá, Joel, Mário Mendes, os guarda-redes Francisco Jazilo e Hélder, só para citar alguns exemplos.
No seu pico de forma teve tudo para jogar fora do país, mas o patriotismo fê-lo declinar convites para representar emblemas estrangeiros, tanto a nível de África (Quénia e Tanzania) como do velho continente (Belenenses e Sporting), ambos de Portugal.
A conversa em torno da sua carreira, bem como sobre o que faz actualmente, decorreu na sua residência. A tenacidade de outrora deixou marcas estampadas na exuberância dos gestos e na variação do tom de voz em função das emoções provocadas pelos episódios que foram vindo à tona ao longo da entrevista, muito descontraída.
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