Chama-se Telma Margarida Manjate, nasceu em Maputo, numa família de três irmãos. Ela é do meio, a seguir ao Oldemiro, mais conhecido por Sansão. O último é o Fernando, por sinal um rapaz que tentou imitar os passos da mana no basquetebol, mas por pouco tempo.
A história de Telma Manjate está intrinsecamente ligada ao sucesso do basquetebol feminino do nosso país. É uma das componentes da “Geração de Ouro”, que se deu ao luxo de, no mesmo ano (1991), conquistar medalhas de ouro nos Jogos Pan-Africanos de Alexandria, Egipto, e o “Africano” de Clubes de Basquetebol, em Maputo, ao serviço do Maxaquene.
Sentámos com esta super-estrela do basquetebol moçambicano com o fito de revisitarmos a sua história, a sua trajectória e não havia como não enfatizar as medalhas de ouro atrás referidas.
Telma deixou de jogar aos 29 anos, em meados dos anos 90, para satisfazer quem na altura achou que ela e outras colegas deviam dar lugar aos mais novos. Mas isso foi contra a sua vontade, já que defende que “lugar não se dá. Conquista-se!”. Acabou cedendo e já fora das quadras enfrentou, com sucesso, o mercado de emprego para ganhar a vida. Dedica-se à gestão na Autoridade Gestora de Águas, um instituto público.
Mas é bom que se diga que a grandiosidade de Telma – que além de poste jogava a extremo com a mesma destreza e garra – foi reconhecida pela Fiba-África ao ponto de gravar o seu nome no `Hall of Fame` em Bamako, Mali. Aurélia Manave, Esperança Sambo, Joaquina Balói e a falecida Amélia Gune foram também alvo desse honroso reconhecimento.