Era um falso lento. Excelente no drible, ludibriava os oponentes com mestria e saía com uma facilidade incrível em situações de aperto. A sua apurada visão de jogo e precisão no passe permitia-lhe colocar a bola onde quisesse. Marcava e assistia aos seus colegas. Até podia não ser completo, mas este médio polivalente fazia tudo isso com uma facilidade invejável. E o facto de ser um centro-campista “vagabundo” confundia ainda mais a missão dos adversários.
Este é Mateus Joaquim Manjate, que na Suazilândia (actualmente Eswatini) ganhou a alcunha de Tchaka Tchaka. Mas também chegou a ganhar outro, quando estava no Kaizer Chiefs: “Harry Harry”, por ser apologista de jogo e jogadas rápidas. Um jogador genial, este filho primogénito do casal Joaquim Manjate/Sofia Francisco Massimbe. Os que nasceram depois de si receberam a transmissão do bichinho do futebol. São quatro homens e uma mulher, no total.
Dos irmãos de Tchaka Tchaka destaque para Isac, que por sinal jogou consigo na Suazilândia, no Denver Sundowns e depois do Amazulu, da África do Sul. Mas tem também o Joaquim, que jogou no Ferroviário da Beira e no Matchedje, e o Jorge, que jogou no Maxaquene, Costa do Sol, Ferroviário de Maputo, Desportivo e Sporting de Nampula. Por último o Óscar, que não foi muito longe no futebol.