O director-geral do Shakhtar Donetsk pediu esta segunda-feira à FIFA para substituir o Irão pela Ucrânia no Mundial-2022, como forma de penalizar o país asiático pelo apoio prestado à invasão da Rússia, através do fornecimento de drones.
“Enquanto os dirigentes iranianos se divertirão a assistir aos jogos da sua Selecção Nacional no Campeonato do Mundo, os ucranianos estarão a ser mortos por drones e mísseis iranianos”, observou Sergei Palkin, em comunicado publicado nas redes sociais.
O director-geral do Shakhtar Donetsk decidiu “apelar à FIFA e à comunidade internacional para impedir de forma imediata a Selecção Nacional iraniana de disputar o Mundial, devido à participação directa do país nos ataques terroristas contra a Ucrânia”, refere a Lusa.
O Irão, treinado pelo português Carlos Queiroz, integra o Grupo “B” do Mundial-2022, cuja fase final se realiza no Qatar, entre 20 de Novembro e 18 de Dezembro, em conjunto com as representações de Inglaterra, País de Gales e Estados Unidos.
A Europeia já aprovou sanções contra pessoas e entidades iranianas pelo fornecimento de drones ‘kamikaze’ à Rússia, utilizados em ataques contra civis na Ucrânia, o que tem sido negado de forma veemente pelo Irão.
A ofensiva militar lançada em 24 de Fevereiro causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.