Foi por um triz que a recepção do novo timoneiro do Ferroviário de Maputo, João Chissano, não terminou em um ambiente pesaroso e de consternação na família locomotiva, não fosse o magro triunfo arrancado a ferro-e-fogo diante do seu homónimo de Nacala (3-2), no sábado em pleno Estádio da Machava.
O bis de Maxwell (8´ e 66´) e o golo de Celso apontado à passagem do minuto 46´ foram suficientes para reanimar a exigente claque Vataxaniseka, que mesmo perante os evidentes e clamorosos problemas organizacionais da equipa não deixou de desejar as boas-vindas (hoyo-hoyo) ao novo técnico com as honras merecidas e hosanas.
Foi na verdade uma vitória que não disfarça o mau momento que o Ferroviário de Maputo atravessa e que por estas altura nada mais lhe resta a fazer se não procurar melhorar a sua classificação, numa época para esquecer.
Uma exibição longe de convencer e muito aquém do expectável para um colosso do futebol moçambicano, que andou a deriva e sem argumentos para contrariar o favoritismo de um Ferroviário de Nacala ousado, estruturado, porém ineficiente na finalização.
Um momento de inspiração nos primeiros sete minutos do jogo abriu espaço para que o Ferroviário de Maputo chegasse ao primeiro golo, numa jogada envolvente que pegou desprevenida a defensiva contrária, colocando Maxwell em uma situação privilegiada para inaugurar o marcador aos oito minutos. Volvidos seis minutos depois, o mesmo desperdiçou a oportunidade de ampliar o marcador, desferindo um remate desenquadrado com baliza adversária.