“Esta equipa lembra aos nossos treinadores, particularmente os dos escalões de formação, que quando estiverem a treinar os seus atletas, mais do que os ensinar o domínio dos fundamentos do jogo de basquetebol, devem ensina-los a saber pensar e ler o próprio jogo. E foi aí onde o Sporting de Alexandria fez diferença, porque as suas jogadoras tinham essa capacidade de interpretar o que o jogo oferecia a cada momento e, daí, criarem soluções para os problemas com que se deparavam. Ensinar a pensar, para saber decidir em função do que vai acontecer no jogo é tarefa dos treinadores de formação, mas que deve ser estimulado também nos seniores.”
Na noite de sábado, a cidade de Maputo testemunhou o nascimento de um novo campeão africano de basquetebol em seniores femininos, com a vitória do Sporting de Alexandria, do Egipto, sobre o Costa do Sol, por 65-58, na final da 26.a edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos, que vinha decorrendo no pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), desde o passado dia 9 de Dezembro corrente.
E porque rebuscando uma máxima do nosso colega de Redacção, o já falecido Boavida Funjua, quando dizia que “todo o campeão tem os seu mérito”, o mérito do Sporting de Alexandria, até se sagrar campeão africano, esteve no facto de nos ter lembrado que o basquetebol é, acima de tudo, um jogo inteligente.