Isac, um dos jogadores mais preponderantes e experientes dos “Mambas”, foi dos escolhidos pela nossa reportagem para, na presente edição, falar do estágio, em Argel, das perspectivas para esta participação, logicamente a começar pelo jogo de estreia, sábado, frente à Etiópia.
“Esta preparação é muito diferente. Temos aqui alguns elementos inéditos, como estar unido com o grupo desde o dia 31 e passar o ano em família. Isto faz diferença e foi bom neste aspecto, porque conseguimos nos conhecer melhor”, começou por explanar o avançado dos “Mambas”.
“A equipa técnica está a fazer o seu trabalho. Os jogadores estão a assimilar os processos. O ‘mister’ trabalha muito no detalhe porque a sua forma de jogar é única. Trazemos alguns vícios dos clubes e ele tenta sempre limar, porque quer que a equipa jogue à sua imagem, pelo que está a ser bom. É uma experiência fantástica”.
Para o jogador, a experiência e a juventude podem ser determinantes para uma boa campanha.
“É um grupo cuja faixa etária altera muito. Há jogadores mais experientes e mais novos. Aprendemos uns dos outros. Temos bons jovens e talento de sobra neste grupo de trabalho. Aliás, esta é a melhor montra para conseguir e melhorar os seus contratos e as suas vidas. Mas, o que mais importa neste momento, como disse antes, é o que podemos obter como resultado no final, o que vamos alcançar para o povo moçambicano. Não estamos a jogar só para nós. Temos mais de 30 milhões de moçambicanos à espera de todos os passos que vamos dar. Temos essa responsabilidade enorme, que é representar o nosso país. Esperamos responder à altura, porque o povo moçambicano merece bons resultados”.
Em relação ao jogo frente à Etiópia, o avançado moçambicano espera bom resultado.
“Estamos ansiosos, mas aquela ânsia boa. Não viemos aqui [Argélia] a passeio. Temos os nossos objectivos, que são intactos. Vamos tentar lutar por bons resultados e deixar uma boa imagem para o nosso país, que tem uma cultura desportiva. Temos muitos bons exemplos a seguir, muita experiência que atrás ficou e temos que dar seguimento. Temos esta oportunidade de fazer história. Falta um dia e meio neste caso. No sábado entramos em cena. Estamos eufóricos. Como última palavra para os moçambicanos: acreditem em nós, que vamos corresponder à altura”.