Arnaldo foi o mais temível goleador da década de 90. Os quatro títulos inéditos do Costa do Sol (1991, 1992, 1993 e 1994) tiveram um timbre pronunciado deste “matador” nato, pois nesses anos do inédito tetra-campeonato sagrou-se melhor marcador, sob o comando do seu xará Arnaldo Salvado. Aliás, já no ano anterior havia sido melhor artilheiro, com 19 golos, ex-aequo com Butana, do Desportivo.
Mais tarde viria a contribuir em mais dois títulos do Costa do Sol, em 1999/2000 e 2000/2001. De “canário” ao peito também foi vencedor da Taça de Moçambique por seis ocasiões (1992, 1993, 1995, 1997, 1999, 2000) e uma vez com a camisola do Maxaquene, em 2001, quando esteve por empréstimo.
No seu brilhante currículo, Arnaldo deixou a sua marca na Liga dos Campeões Africanos de 1997, ao serviço do Ferroviário, marcando três golos, naquela que foi a melhor prestação de sempre na principal prova da CAF a nível de clubes, num grupo difícil em que os “locomotivas” estiveram aglutinados com o Zamalek (Egipto), Esperance de Tunís e Obuasi Goldfields, do Gana.
Era impensável que uma máquina de fazer golos como esta não tivesse registos na selecção, para onde entrou ainda com 17 anos. Participou no Torneio dos PALOP e sagrou-se vice-campeão, após uma final perdida para Portugal. Já pela selecção principal esteve no CAN-96, disputado na África do Sul.
Terminou a sua carreira futebolística em 2002 e começou a dedicar-se ao treinamento nas camadas jovens do Costa do Sol. Foi campeão em juvenis e juniores, antes de começar a trabalhar como adjunto de Nacir Armando, David Mandigora e João Chissano nos seniores do Costa do Sol.
