A noite de sexta-feira passada foi festiva e histórica para o futebol moçambicano, com a confirmação do apuramento inédito da selecção nacional aos quartos-de-final da sétima edição do Campeonato Africano reservado para jogadores que actuam em ligas internas (CHAN).
Tal como tem dito Chiquinho Conde – e com elevada dose de razão – são poucos os moçambicanos que apostavam num desempenho feliz dos Mambas neste CHAN da Argélia, tendo em conta tudo o que tem sido consumido sobre a qualidade do futebol doméstico relativamente a outras nações, incluindo as mais desgraçadas do planeta terra.
O que se tem dito e escrito é que o futebol moçambicano não se tem por onde pegar porque há muitos anos que está pobre, os atletas não se dão respeito e os dirigentes são o calcanhar de aquiles.
A tendência de nivelar por baixo o futebol nacional – vale dizer o desporto – tem tido uma participação distraída dos próprios agentes desportivos, os quais, na hora de defender a sua dama, vestem outras peles para satisfazer interesses estranhos, normalmente da maioria.
De tal sorte que a própria Federação Moçambicana de Futebol acaba embarcando nesta onda de autoflagelação e de pouca crença nas selecções nacionais de futebol, de uma forma geral.