Faltam 36 dias para o primeiro dos dois jogos com o Senegal, que contam para a qualificação ao próximo CAN, mas debates recentes não estão virados nessa perspectiva, nem para o facto do combinado nacional ter conseguido, numa fase final de uma prova de selecções, sob égide da CAF, a primeira qualificação aos quartos-de-final.
Provavelmente, não fosse de evidenciar o feito se o país não tivesse anteriormente um histórico de apenas vitórias morais.
O momento que se vive é frenético. As intervenções, de um modo geral, crucificam a postura da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) no tratamento do assunto da premiação dos “Mambas” na última competição.
Afinal de que lado está a razão?
Por diversos momentos, a comunicação social fez eco a afirmação de que o dirigente é o calcanhar de Aquiles para o desenvolvido desportivo, durante décadas. É consubstanciado pelo mau tratamento ao atleta. Neste cenário actual não é diferente.
Sempre subsiste uma grande distância entre os atletas e os dirigentes na comunicação, o que podia evitar vários imbróglios envolvendo a FMF, que desta vez peca num detalhe primário de índole organizacional, baseado no princípio de procedimentos em qualquer circunstância na alta competição, na qual deve estabelecer-se sempre, à priori, o valor da premiação e os seus respectivos critérios, havendo ou não crença no potencial do seu conjunto.