É indisfarçável a frustração generalizada causada pela ausência de avançados capazes de marcar golos quer a nível dos clubes, bem como nas selecções. A crise de golos tem estado associada à figura dos avançados em particular. Uma imagem que espelha a triste realidade que caracteriza o actual estágio dos “artilheiros”, que denotam falta de fome de fazer golos.
Só para citar, na época passada do Moçambola foram apontados 277 golos em 132 jogos realizados, o que perfaz uma média de 2.1 golos marcados por jogo e 12,59 por jornada. A ronda que produziu mais golos foi a 19.ᵃ, onde foram marcados 20 golos. A segunda foi a 16.ᵃ, na qual foram convertidos 19 tentos. A que menos golos teve foi a 13.ᵃ jornada, com apenas cinco.
Face a este cenário, o prémio de Melhor Marcador do Moçambola-2022 não chegou a ser entregue a Isac, autor de 11 golos, visto que a Liga Moçambicana de Futebol (LMF), através do artigo 62, do Regulamento de Competições, estabelece que só é considerado o jogador que no final da prova tiver pelo menos 15 golos.
Inspirado por exemplos positivos a volta do mundo e, ciente das potencialidades que o país possui no seu extenso território, o ex-internacional moçambicano (camisola 10) e actual treinador da Selecção Nacional de Sub-20, Dário Monteiro (DM10), anunciou a criação de um projecto cujo objectivo está virado especificamente ao treino para avançados.