A dívida acumulada da LMF é de 87.900.000,00MT (oitenta e sete milhões e novecentos mil meticais). O valor é referente ao total da dívida que a LMF gerou desde a sua criação, em Outubro de 2001, na cidade de Nampula.
Ao longo de anos, a LMF foi gerando e saldando dívida com diferentes fornecedores, mas mantendo um saldo negativo que, acumulado, atingiu a soma de 87.900.000,00MT no final do exercício de 2022.
Só na época passada a LMF acumulou uma dívida de 10.300.000,00MT (dez milhões e trezentos mil meticais), sendo que, desta, 2.200.000,00 (dois milhões e duzentos mil meticais), foi com Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
A companhia aérea de bandeira é, na globalidade, o maior credor da LMF, tendo que receber desta instituição 46.200.000,00MT (quarenta e seis milhões e duzentos mil meticais). O valor corresponde a 52.5% da dívida que a LMF tem para com os seus fornecedores de bens e serviços.
Em segundo plano estão os próprios clubes que ao longo de anos participaram no Moçambola. A esses, a LMF deve 16.000.000,00MT (dezasseis milhões de meticais) referentes ao dinheiro que deviam receber pela venda de direitos de transmissão televisiva que, entretanto, nunca foram pagos.
O outro credor da LMF é o Fundo de Promoção Desportiva (FPD), a quem a entidade que organiza o Moçambola tem uma dívida de 5.700.000,00MT (cinco milhões e setecentos mil meticais). A dívida foi contraída numa altura em que os clubes participantes do Moçambola se hospedavam nas casas sob gestão do FPD, na Vila Olímpica do Zimpeto, na cidade de Maputo.
Finalmente, o remanescente da dívida, em cerca de 20.000.000,00MT (vinte milhões de meticais) é subdividida por vários fornecedores, entre unidades hoteleiras e empresas de transporte terrestre.
Contas feitas, quando começa a época, a LMF sabe que vai gerar dívida no lugar de lucro, o que fez com que os clubes questionassem a viabilidade do projecto que foi fundado em 2001 com o propósito de gerir o futebol profissional em Moçambique, com a organização de um Campeonato Nacional como sua bandeira.