A maior referência do atletismo nacional, Creve Machava, não vive os melhores momentos da sua carreira. O barreirista, especialista nos 400 metros, que está sem competir desde Agosto de 2021, altura que terminaram os Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos motivos que faz com que possa perder a Bolsa de Solidariedade Olímpica (atribuída a 6 de Junho de 2022), atira a culpa à Federação Moçambicana de Atletismo (FMA) e o Comité Olímpico de Moçambique (COM) pelo seu actual momento, explicando que ficou estagnado porque as entidades supracitadas enviaram tardiamente o documento (comprovativo do vínculo com o país) para que a posterior tratasse o cartão de residência. Só com esse documento é que o atleta poderia continuar a competir na Europa e mudar-se da Alemanha para França, onde teria direito a livre circulação. Mas, segundo Creve, só recebeu o tal documento em Abril de 2022, portanto cerca de oito meses depois.
Sem o precioso documento, Creve, que pretendia deixar a Alemanha em busca de melhor competição na França, disse ter ficado de mãos atadas, até porque com a Bolsa Olímpica encerrada em Agosto de 2021 (findo os Jogos Olímpicos de Tóquio) o barreirista iria permanecer em terras europeias por conta própria e precisava da FMA e do COM para ver esse entrave burocrático resolvido de modo a não perder as provas na França.